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segunda-feira, 30 de maio de 2016

XXIII Mostra Unisinos de Iniciação Científica


Inicia hoje a XXIII Mostra Unisinos de Iniciação Científica. A cerimônia de abertura acontecerá às 19h30 no Auditório Central. Na sequência, às 20h, será apresentado o painel "A Iniciação Científica na formação de uma cultura investigativa-colaborativa", com as professoras doutoras Elí Henn Fabris (Unisinos), Maura Corcini Lopes (Unisinos) e o Prof. Dr. Lucídio Bianchetti (UFSC).

Ao estabelecer conexões entre a Iniciação Científica, a pós-graduação e a educação básica, o painel discute as relações institucionais entre universidade e as agências de fomento; destaca a Iniciação Científica como ritual de passagem na formação do pesquisador e como condição inicial de formação de uma nova cultura investigativa, baseada no trabalho colaborativo em grupos de pesquisa.

Veja mais no site.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Dossiê "Educação & Surdez"


A Revista Espaço, do Instituto Nacional de Educação de Surdos - INES, acaba de lançar seu número 43. O dossiê "Educação & Surdez" contido nesse número apresenta artigos de integrantes do GEPI. Acesse em: http://www.ines.gov.br/seer/index.php/revista-espaco/issue/view/1

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Práticas de correção e aprendizagem: produção de subjetividades na contemporaneidade



Já está disponível, na lista de trabalhos acadêmicos do blog do GEPI, a Tese de Doutorado de Juliane Marschall Morgenstern, defendida em fevereiro de 2016 no Programa de Pós-Graduação em Educação da UNISINOS, sob o título "Práticas de correção e aprendizagem: produção de subjetividades na contemporaneidade".

Resumo
Ao tomar como referência os crescentes programas de correção de fluxo idade-série e de Aceleração da Aprendizagem atualmente divulgados no Brasil, a presente pesquisa propõe-se problematizar como operam as práticas de correção e seus efeitos no mundo contemporâneo. Mais especificamente, é analisado o funcionamento das práticas de correção e seus efeitos no âmbito da educação brasileira. Embora o conjunto de materiais mobilizados para a elaboração desta tese tenha sido bastante amplo, para a realização da investigação o corpus foi formado a partir dos materiais didáticos e da sistematização de programas de correção de fluxo escolar que atuam pela aceleração da aprendizagem, produzidos no Brasil, a partir da década de 1990. Também compõem o corpus, vinte depoimentos escritos de sujeitos que integram as atividades dos programas e discutem suas experiências. Constatou-se um deslocamento nos modos de praticar a correção nas últimas décadas, cuja centralidade se volta à regulação do fluxo escolar e não mais a uma ortopedia do corpo individual. As análises conduziram a investigação para a proveniência das práticas corretivas num contexto temporalmente mais amplo, a qual se efetivou por meio de uma historicização de inspiração genealógica. Ao traçar um mapa panorâmico, foram encontradas quatro ênfases de atuação distintas no que se refere à finalidade (télos) dos modos de correção. A primeira ênfase está localizada no contexto da Antiguidade Pagã; a segunda ênfase é encontrada na Antiguidade Cristã; a terceira, nos desdobramentos das tecnologias disciplinares instauradas na Modernidade; a quarta ênfase concerne à atuação das tecnologias de seguridade, cuja evidência é visível na Contemporaneidade. Constatou-se ainda, que no seu modo de funcionamento, as práticas corretivas contemporâneas convergem com a constituição de uma subjetividade aprendente (Homo discentis), produzida na passagem do século XIX para o século XX. Nas condições de uma aprendizagem ao longo da vida, há um redirecionamento nas práticas de correção, cuja proeminência se direciona à construção de subjetividades que se tornem autorrealizáveis. Ficou visível a produtividade dessas práticas ao posicionarem o aprendente em determinadas condições, produzindo-o como uma subjetividade investida de aceleração. Compreendeu-se que o indivíduo subjetivado para a aprendizagem permanente deve ser capaz de corrigir-se em qualquer circunstância e em qualquer momento, de modo a se ajustar a um mundo no qual a mudança é constante. Tal como a possibilidade de agir sobre si mesmo e de ser ativo colocouse como condição que sempre esteve presente nas ações praticadas pelos alunos, a esses também esteve implicada a condição de ser corrigido ou de se corrigir. Analisou-se que a correção está presente como algo permanente e necessário na constituição de uma subjetividade aprendente.
Palavras-chave: Práticas de correção. Subjetivação. Governamentalidade. Aprendizagem.

Clique no título do trabalho na referência abaixo para acessá-lo na íntegra.

MORGENSTERN, Juliane Marschall. Práticas de correção e aprendizagem: produção de subjetividades na contemporaneidade. 2016. 307 f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2016.